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Curso de Bio-Psicoplástica ou

IOGA INTEGRAL CIENTÍFICA

A CRITICA E A DESCONFIANÇA COMO

FATORES NEGATIVOS

Pr. OM Lind Schernrezig

A IOGA INTEGRAL CIENTÍFICA é, antes de tudo, um profundo interesse no sentido de conhecer devidamente a natureza humana e as leis que a dinamizam e fazem funcionar, aproveitar o mais amplamente possível seu mecanismo, e, enfim, desenvolver aplicadamente uma técnica que permita controlar seus processos e suas projeções de maneira consciente e à vontade. É, por conseguinte, muito mais um assunto de atitude mental, e então o conjunto bio-fisiológico vem a ser tão só uma conseqüência, ou melhor dito, um reflexo da mente.

O corpo humano é, por conseguinte, um veículo de expressão ao mesmo tempo em que um meio em extremo útil para levar a cabo as tarefas da vida ou para cumprir la missão que esta implica. A vitalidade é engendrada na e pela Mente.

Pois bem, a fim de aproveitar a investigação, o estudo e a prática da IOGA INTEGRAL CIENTÍFICA, convém abordá-la com um espírito de observação e análise racional, sem preconceitos nem desconfiança, nem dúvidas nem temores devidos a uma atitude mental negativa. Pelo contrario, aprenda a controlar suas idéias e emoções, e a não ser nunca negativo em suas aspirações e empenhos. Faça com que sua mente funcione sempre de maneira positiva e construtiva.

Pretende-se utilizar a IOGA INTEGRAL CIENTÍFICA sobre uma base de desconfiança, não conseguirá muitos efeitos benéficos e práticos com ela, porque sua atitude mental de dúvida, temor, ceticismo e crítica hão de obstaculizar o livre funcionamento de sua mente, e assim obstruirão toda a possibilidade de desenvolvimento, atividade e expressão edificante ou criadora.

Se se lhe recomendam certos exercícios físicos e de fixação mental, não olvide que é com uma finalidade bem definida, e o resultado de largos anos de estudo de genuínos sábios desde remotas idades tanto do oriente como do ocidente. Nada vem por acaso neste método científico que é a IOGA INTEGRAL, e que é, por acréscimo, ensinado academicamente por educadores idôneos.

Também, se se dá certa preferência ao corpo para começar, e à mente depois, ou se se fala de "pensamento ativo" e de "ordens mentais" para determinados esforços nitidamente físicos ou funções exclusivamente fisiológicas e até de caráter constitucional, é por algum motivo sério, pois aqui não se faz nada por ilusão ou unicamente para divertir-nos. Estamos aqui para os mais sérios propósitos concebíveis, porquanto nos ocupamos da conservação e do melhoramento da natureza vital (bios) assim como da própria personalidade humana. Daí que procedamos metodicamente, e não recorremos a poses espetaculares nem a contorcionismos e acrobacias de circo. Não se trata aqui de nenhuma forma de atletismo nem de um esporte, como tampouco, muito menos, de um culto místico ancestral ou de alguma dessas loucuras desorbitadas de "jovens inibidos e inadaptáveis".

Falando de inibições, digamos de uma vez, que a IOGA INTEGRAL atende de modo muito particular a liberação de todo complexo, traumatismo, inibição, desajuste, angústia, temor, confusão, melancolia, ansiedade, hipocondria, desvio, desespero, bloqueio e paralisia do delicadíssimo mecanismo da mente ou psyché. Por isso começa com certos exercícios para desenvolver a capacidade de atenção, concentração, volição, coordenação, discernimento, equilíbrio e ritmo, condicionamento energético determinante, imaginação e mais penetrante e ampla percepção. Ao mesmo tempo em que se desintoxica e desenvolve o corpo para assegurar sua melhor saúde e vigor, se higieniza, libera, amplifica, dignifica, cronometriza, sintoniza e energetiza a mente com presteza. Este método é preciso respeitá-lo, pois é nossa melhor garantia de êxito. O futuro do indivíduo humano depende desta PREPARAÇÃO para a vida. De nada servem os subterfúgios como talismãs, "pantáculos", oferendas votivas, súplicas e pactos com as forças invisíveis, pois a lei de causa e efeito é indestrutível e insubstituível, em todos os planos da vida, e quem semeia colhe de conformidade. Tampouco é possível aproveitar as forças nem as circunstâncias da vida quando não correspondem à realidade, e um corpo intoxicado, putrefeito, enfermo, fraco, enlouquecido pelas paixões, amputado pela luxúria ou desesperadamente dolorido não pode expressar uma mente sã, digna, livre, ilimitada, com consciência criadora e com faculdades portentosamente divinais. Para concluir, digamos, igualmente, que uma mente limitada, desvencilhada pela luxúria, envenenada pelo ódio, intoxicada por paixões e pensamentos negativos, coibida pela ignorância, amputada pelos tabus, acovardada por suas próprias imperícias, atemorizada por totens e divindades despiadadamente crués não pode nem muito menos dirigir uma vida digna ou condicionar e afetar favoravelmente ao corpo humano, por muito que este seja robusto e aparentemente bem quanto ao funcional.